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sábado, 12 de novembro de 2011

Ocupação da Rocinha terá mais de 1.500 policiais

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Na Rocinha, PMs observam entrevista do secretário de Segurança, José Mariano Beltrame, na TV

Megaoperação vai fechar vias que fazem ligação entre zonas oeste e sul
A ocupação da Rocinha prevista para acontecer neste domingo (13) terá 1.500 policiais militares, sem contar o efetivo das polícias Civil, Federal, Rodoviária Federal e fuzileiros navais da Marinha, que também vão dar apoio à ação.
Serão acionados helicópteros das polícias Civil e Militar, além de blindados da Marinha, que deve divulgar os detalhes da operação nesta tarde.
A mega operação também vai envolver diversos órgãos da Prefeitura do Rio. Para evitar a fuga de traficantes e o risco de haver vítimas de balas perdidas, será montado um grande cerco ao entorno da comunidade, que, na prática, vai fechar todos os acessos da Barra da Tijuca para a zona sul.
Terão o trânsito interditado a partir das 2h30 de domingo a autoestrada Lagoa-Barra (nos dois sentidos), a avenida Niemeyer, a estrada do Joá, a rua Marquês de São Vicente e a estrada das Canoas. Os bloqueios serão feitos pela Polícia Militar, operadores de tráfego da CET-Rio e guardas municipais.
Também haverá modificações na circulação dos ônibus que passam pela Rocinha e pelo Vidigal, favela vizinha e que também será ocupada pela polícia. As linhas que fazem embarque e desembarque dentro da área de bloqueio terão que deixar e pegar os passageiros fora da área de interdição. Ficou a cargo das empresas de ônibus planejar roteiros alternativos.

Cerco nas estradas
A operação para ocupar a Rocinha vai contar ainda com um cerco da Polícia Rodoviária Federal nas principais saídas do Rio e ações de inteligência da Polícia Federal.
O Corpo de Bombeiros também vai montar um hospital de campanha com seis leitos na quadra do Grêmio Recreativo Escola de Samba Acadêmicos da Rocinha. Três ambulâncias vão ficar em frente à quadra. Ao todo, 15 bombeiros vão ficar de plantão no local.
Rio terá 19ª UPP
Desde quinta-feria, a Polícia do Rio cerca a maior favela da cidade. O objetivo é a implantação da 19ª UPP (Unidade de Polícia Pacificadora) do Rio.O efetivo e o número de bases operacionais serão definidos após reconhecimento do terreno. O Governo do Estado calcula que cerca 84 mil pessoas devem se beneficar diretamenta da nova UPP.
Durante as ações no entorno da comunidade, a polícia do Rio conseguiu prender, em uma ação tumultuada,  o homem apontado com chefe do tráfico de drogas da Rocinha: Antônio Bonfim Lopes, o Nem.
Prejuízo para o tráfico
Com a ocupação da Rocinha, considerada o principal centro distribuidor de drogas para bairros ricos do Rio, o tráfico deve deixar de ganhar cerca de R$ 100 milhões por ano. Por semana, o faturamento estimado com a venda de drogas na comunidade é de R$ 2 milhões. A quadrilha chefiada por Antônio Francisco Bonfim Lopes, o Nem, lucra principalmente com a venda de cocaína, considerada com maior grau de pureza do Rio.
O secretário de Segurança Pública do Estado do Rio, José Mariano Beltrame, disse que um ofício já foi enviado ao Tribunal de Justiça solicitando a transferência de Nem para um presídio de segurança máxima fora do Estado do Rio de Janeiro. Beltrame ressaltou que a prisão do traficante não pode ser transformada em um troféu de guerra.
Em depoimento à Polícia Federal, Nem disse destinar metade do seu faturamento ao pagamento de propina a policiais civis e militares da banda podre.
O governador Sérgio Cabral disse esperar agilidade para transferir Nem para um presídio federal de segurança máxima. Nem e outros 11 criminosos foram levados para o Complexo Penitenciário de Bangu, na zona oeste. O traficante teve o cabelo raspado e já usa o uniforme convencional dos presos.
Horas antes da prisão de Nem, quatro policiais - três civis e um militar - e um ex-PM foram presos na Gávea, na zona sul, fazendo a escolta de traficantes que fugiam da Rocinha. Eles teriam recebido R$ 2 milhões para fazer a escolta.
Cabral disse esperar um rigor maior do Poder Judiciário ao se queixar da dificuldade de afastar definitivamente policiais que são expulsos de suas corporações, mas que conseguem voltar às ruas amparados por decisões liminares.
Segurança de Nem preso na Vila Vintém
Na manhã de sexta-feira, dez pessoas foram presas na comunidade de Vila Vintém, em Padre Miguel, na zona oeste, incluindo um homem apontado pela polícia como o chefe de segurança de Nem e outros cinco traficantes que teriam fugido da Rocinha. Na chegada da PM à favela, houve intensa troca de tiros e um suspeito foi morto. Além dos presos, foram apreendidos três fuzis, duas pistolas e quantidade ainda não contabilizada de drogas. 

Fonte: R7

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