Get your own Chat Box! Go Large!

Chat

terça-feira, 12 de abril de 2011

Perfil falso no Orkut fala de massacre em escola uma semana antes da tragédia no Rio

Repodução / Agência Estado Repodução / Agência Estado

Wellington de Oliveira promoveu uma chacina na Escola Municipal Tassio da Silveira, no Rio

Texto postado durante discussão sobre bullying repercutiu em blogs e até no Twitter Um perfil no Orkut publicou uma mensagem, sete dias antes do massacre ocorrido nesta quinta-feira (7) no Rio de Janeiro, com o aviso que, em breve, poderia acontecer uma tragédia em uma escola. - Teremos um documentário no estilo Columbine [Tiros em Columbine, do cineasta americano Michael Moore, sobre uma tragédia semelhante à do Rio, ocorrida nos Estados Unidos] nas telinhas nacionais. Nem estou chorando, apenas me preparando para uma chacina que irei fazer no colégio que fui bulinado [sic.]. O texto, postado durante uma discussão aberta há semanas sobre bullying [intimidação] escolar, gerou repercussão em blogs e redes sociais, como o próprio Orkut, e o Twitter. Inicialmente, circularam pela internet imagens que identificam como autor da mensagem um perfil falso com nome e foto do polêmico deputado federal Jair Bolsonaro (PP-RJ). O perfil teria sido deletado entre ontem e esta sexta-feira (8). Em seguida, outro usuário anunciou, na mesma comunidade, que foi seu irmão quem postou o comentário. Ele acrescentou que, a partir da publicação, o irmão teria recebido um suposto recado pelo Orkut enviado por outro usuário dessa rede social, que teria se identificado com a decisão de promover um massacre escolar, e que faria o mesmo em sua antiga escola nos próximos dias. Uma imagem que supostamente reproduz o recado recebido também circulou pela internet e foi reproduzida em blogs e perfis do Twitter. A cantora Preta Gil, por exemplo, encaminhou a seus contatos no Twitter link para um blog que chamava a atenção para um possível novo ataque. Provocação virtual Na linguagem da internet, o caso se enquadra no conceito de troll, que acontece quando alguém publica em sites, fóruns e redes sociais algum conteúdo com o objetivo de fazer uma discussão “pegar fogo”. Segundo Erick Itakura, psicólogo do Núcleo de Pesquisas da Psicologia da Informática da PUC-SP, não existe um perfil específico de quem pratica o troll, já que qualquer pessoa pode “incendiar” uma discussão. - Na internet o teclado aceita tudo. Nesse contexto, a função do troll é pegar uma discussão e botar fogo. Ele não chama a atenção para ele. Apenas publica algo geralmente em tom de provocação, podendo ser ofensivo. Isso, por si só, vai chamar a atenção. É comum, segundo o psicólogo, que o praticante do troll atue quando a discussão está acabando. Essa característica faz com que nem sempre o troll seja negativo, pois pode ajudar a manter boas discussões. - Se o papo sai muito do controle é recomendável que não se alimente o troll. É melhor nunca contra-argumentar. As redes sociais são espaços positivos porque as pessoas desabafam, mas não são muito seguras porque a gente não tem como saber a exata repercussão que o conteúdo vai ter. É preciso cuidado para não cair nas ondas da internet. Quem publicou essa referência ao massacre de Columbine só teve uma publicidade a mais.

Nenhum comentário:

Postar um comentário