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quinta-feira, 16 de fevereiro de 2012

Advogada diz que não vai pedir a absolvição de Lindemberg

daniela-hashimoto-HGDaia Oliver/R7
Veja fotos do 4º dia do julgamento
A promotora Daniela Hashimoto e sua equipe assistente de acusação nesta quinta-feira





Julgamento do caso Eloá
 Cobertura completa
Ana Lucia afirmou que quer apenas que ele responda por crime culposo e não doloso






A advogada Ana Lucia Assad disse em sua argumentação aos jurados que decidirão o futuro de Lindemberg Alves, na tarde desta quinta-feira (16), que não vai pedir a absolvição de seu cliente porque ele "tem que pagar pelo que realmente fez". A defensora reconheceu que Lindemberg é culpado pela morte de Eloá, mas disse que ele não tinha a intenção de cometer o crime.
Ela pediu para que seu cliente seja condenado por crime culposo, e não doloso (quando há intenção). A característica "dolosa" de um crime aumenta a pena do culpado.
- Não vou santificá-lo ou canonizá-lo. Ele tomou decisões erradas e tem que pagar, mas com uma medida justa. Não como um bode espiatório.


Ao longo de sua explanação, que começou por volta das 11h50 e terminou às 13h27, a advogada também tentou retirar a culpa de Lindemberg de parte dos 12 crimes de que ele é acusado. Além do cárcere e assassinato de Eloá Cristina, Lindemberg é acusado de tentativa de homicídio qualificado por motivo torpe contra Nayara Rodrigues da Silva, amiga de Eloá; por outra tentativa de homicídio qualificado, com finalidade de assegurar a execução de outros crimes, contra o policial militar Atos Antonio Valeriano; cárcere privado de Nayara e dos adolescentes, colegas de Eloá, Victor Lopes de Campos e Iago Vilera de Oliveira; cárcere de Ronikson Pimentel dos Santos, irmão de Eloá; e disparos de arma de fogo.
Promotoria
Antes de Ana Lucia, foi a vez da promotora Daniela Hashimoto, responsável pela acusação, fazer sua argumentação. Em cerca de uma hora e meia (das 9h50 às 11h30), ela defendeu a tese de que o réu não agiu “no susto” quando disparou contra a adolescente Eloá. Segundo Daniela, Lindemberg teria tido tempo de se refugiar após a polícia ter explodido a porta do apartamento de Eloá e invadido o local e, só em seguida, ele teria atirado na vítima. Com isso, de acordo com a promotora, a afirmação feita pelo réu durante seu interrogatório na quarta-feira (15) - de que atirou contra sua ex-namorada sem pensar - não é verdadeira.
- É esse rapazinho bonzinho que veio fazer um pedido de perdão sincero? Hoje, no dia fatal, ele resolveu pedir perdão? Caberá aos senhores analisar a sinceridade ou não.
Em sua argumentação, a promotora também tentou derrubar outra tese da defesa de Lindemberg, de que ele não teria ficado segurando a arma o tempo todo durante o cárcere dos adolescentes. Em seu depoimento na segunda-feira (primeiro dia do júri), Nayara Rodrigues disse que tinha sido amarrada por Lindemberg ao mesmo tempo em que ele segurava uma arma. Na ocasião, a defesa tentou desqualificar o testemunha de Nayara  dizendo que era impossível o rapaz amarrar a adolescente e segurar um revólver ao mesmo tempo.


Nesta quinta, Daniela Hashimoto levou a arma do crime novamente ao júri e mostrou para as pessoas dentro da sala de audiência que era possível amarrar uma pessoa e segurar uma arma ao mesmo tempo. Ela chegou a simular o episódio com um dos jurados.
Para a promotora, Lindemberg tem uma personalidade manipuladora, e a polícia e os negociadores teriam feito todo o possível para atender aos pedidos e assessgurar a vida dele durante o cárcere, mas mesmo assim ele não cedeu.
- [Ele tem] personalidade manipuladora, fria e dissimulada a ponto de combinar as coisas e não cumprir. Ele teve todas as garantias [para se entregar].
Daniela Hashimoto narrou para os jurados toda a cronologia do cárcere em Santo André, que durou cerca de cem horas. Ela "reconstruiu" o sequestro, mostrou fatos como a hora em que os quatro jovens estavam sob o poder de Lindemberg, contou parte dos diálogos ocorridos dentro do imóvel, ae terminou sua argumentação no momento dos disparos feitos contra Eloá e Nayara.
- A única pessoa que tinha arma calibre 32 era Lindemberg [...]  Eloá nada mais era do que um objeto.
Assista ao vídeo:



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