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terça-feira, 14 de fevereiro de 2012

“Polícia teve participação no erro, mas quem atirou para matar foi Lindemberg”, diz advogado


sala-audiencia-hgDaia Oliver/R7
Veja fotos do 1º dia de julgamento
Audiência deve recomeçar às 9h desta terça-feira


Afirmação foi feita por Ademar Gomes, advogado da família de Eloá, ao chegar a fórum


O advogado da família de Eloá Cristina Pimentel, Ademar Gomes, disse na manhã desta terça-feira (14) que a Polícia Militar errou na forma como agiu durante o cárcere de Eloá Cristina Pimentel, em outubro de 2008. A adolescente foi mantida refém dentro de seu apartamento por mais de cem horas. O cárcere terminou quando a PM invadiu o local após, como a corporação afirmou na época, ouvir uma explosão.

- A Polícia Militar errou de fato. Essa tese ninguém me tira da cabeça. A polícia teve a sua participação no erro, mas quem atirou para matar foi Lindemberg.

Veja em vídeos a cobertura do 2º dia do júri 
A afirmação foi feita por Gomes em referência à forma como a defesa de Lindemberg tem estruturado sua abordagem no julgamento, tendendo a responsabilizar a imprensa e a polícia pela tragédia ocorrida em Santo André há quase quatro anos.

Defesa quer “desqualificar” testemunhas, diz advogado 

Ainda segundo o advogado, o depoimento da última testemunha de acusação, que será ouvida nesta terça, será muito importante. Ronikson Pimentel dos Santos é o irmão mais velho de Eloá. 
Chegada ao fórum
Lindemberg Alves chegou ao Fórum de Santo André por volta das 8h30. Ele deixou o CDP (Centro de Detenção Provisória) de Pinheiros, na zona oeste de São Paulo, por volta das 8h. Nesta terça, o julgamento está previsto para ser retomado às 9h. Ao longo do dia, além de Ronikson Pimentel dos Santos, começarão os depoimentos das testemunhas de defesa e de juízo.

Primeiro dia
Na segunda, quatro pessoas listadas pela acusação foram ouvidas, desde a adolescente Nayara Rodrigues, que passou grande parte do sequestro ao lado da amiga Eloá, até o sargento Atos Valeriano, que conduziu o início das negociações com Lindemberg. Além deles, prestaram depoimento dois jovens que também estavam no apartamento quando o réu invadiu o local armado.

Durante seu depoimento na segunda, Nayara afirmou que Lindemberg sempre teve intenção de matar Eloá. O depoimento começou por volta das 15h e terminou duas horas depois

- Ele falou que iria matá-la e sair andando, se Eloá estivesse sozinha no apartamento.

Segundo Nayara, Lindemberg chegou a falar para o pai da Eloá de sua intenção de matar a adolescente de 15 anos.

- Ele falou para o pai [da Eloá] que se ela não fosse dele não seria de ninguém [...] A intenção dele era matá-la, não tinha muito que negociar. Ele era irredutível. 

Já o policial Atos Valeriano disse que Lindemberg afirmou ter atirado contra ele “para provar que não era bonzinho”. De acordo com o PM, essa foi a resposta que obteve do réu quando o questionou sobre o disparo. 

A partir de então, o policial passou a se esconder atrás de uma parede. Solicitado por Lindemberg para que mostrasse o rosto, o sargento foi alvo de um novo disparo. Valeriano contou que a bala atingiu a parede cerca de 30 cm acima de sua cabeça e que pôde sentir areia caindo sobre seu cabelo. 

Ainda de acordo com Valeriano, Lindemberg alterava dois estados de humor. Em alguns momentos, ele o ofendia e o xingava. Em outras horas, ele conversava. Entretanto, segundo o policial, sua intenção quanto ao desfecho do sequestro foi sempre a mesma.

- Desde o primeiro momento, ele disse que iria matar os quatro reféns e se matar. Após as duas primeiras vítimas serem liberadas, dizia que iria matar as duas [restantes] e se matar.

Iago de Oliveira, colega de Eloá que também prestou depoimento na segunda, disse que o réu chegou aameaçar de morte todos que estavam no apartamento no bairro Santo André, em Santo André,  na tarde de 13 de outubro de 2008.

- Teve uma hora que ele disse que ninguém sairia vivo de lá. Ele apontava a arma para todos nós. Outra hora ele dizia que mataria Eloá e depois se mataria.

Após o término do primeiro dia de julgamento, Lindemberg foi levado para o CDP (Centro de Detenção Provisória de Pinheiros), na zona oeste de São Paulo, onde deveria passar a noite.

O réu estava preso na penitenciária de Tremembé, a 147 km da capital. Ele deixou a cadeia por volta de 6h20 desta segunda (13) e seguiu para o fórum.

Fonte: R7

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