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quarta-feira, 15 de fevereiro de 2012

Lindemberg deve dar sua versão sobre assassinato de Eloá nesta quarta-feira



lindemberg-hgDiogo Moreira/FuturaPress/AE
Veja fotos do 2º dia do julgamento
Réu nunca falou sobre o crime



Expectativa é de que julgamento, que entra em seu terceiro dia, termine hoje



O réu Lindemberg Alves, acusado de matar a adolescente Eloá Pimentel, deve dar seu depoimento nesta quarta-feira (15), terceiro dia do julgamento que acontece no Fórum de Santo André, no Grande ABC.  Esta será a primeira vez que Lindemberg vai falar oficialmente sobre os dias em que manteve a ex-namorada e a amiga dela Nayara Rodrigues em cárcere privado e sobre o desfecho trágico do caso.
O acusado pode se recusar novamente a falar, como fez nas outras vezes em que foi solicitado. No entanto, a advogada dele, Ana Lúcia Assad, afirmou no primeiro dia de julgamento que seu cliente estava disposto a dar a versão dele sobre os fatos.
Para o assistente da acusação José Beraldo, a fala de Lindemberg será um dos pontos altos do julgamento nesta quarta-feira.  Ele diz acreditar que o réu tentará convencer os jurados de que os tiros que atingiram as vítimas não saíram da arma dele. Porém, o criminalista afirma estar tranquilo, pois “as provas apresentadas não deixam dúvidas de que os disparos partiram da arma dele efetivamente”.
Apesar de os laudos periciais terem apontado que os tiros foram dados pelo réu, Ana Lúcia tem tentado desqualificar os exames ao questionar supostas trocas do número de identificação das armas que foram mandadas para perícia. Consta nos autos que o número registrado na solicitação de perícia era diferente do número real da arma.
Diversas testemunhas foram questionadas sobre esse ponto e argumentaram que a retificação já havia sido feita.
Antes do depoimento de Lindemberg, o policial do Gate (Grupo de Ações Táticas Especiais) Paulo Sérgio Schiavo deve ser ouvido. Ele fez parte da equipe que invadiu, no dia 17 de outubro de 2008, o apartamento em que as adolescentes eram mantidas reféns. Se repetir a mesma linha que usou nesta terça-feira (14) durante o depoimento do também policial Adriano Geovanini, a defesa tentará responsabilizar a ação policial pela forma como se deu o fim do sequestro.



Após a fala do réu, o julgamento entrará na fase final: quando os advogados fazem os debates. A promotoria e a defesa têm uma hora e meia cada uma para apresentar seus argumentos para os jurados. Na sequência, pode haver réplica e tréplica, sendo disponibilizada uma hora para cada etapa.
Em seguida, os jurados se reunirão para definir se Lindemberg é culpado ou não dos crimes pelos quais é acusado: além de homicídio, ele também responde por tentativa de homicídio qualificado por motivo torpe contra Nayara, por outra tentativa de homicídio qualificado pela finalidade de assegurar a execução de outros crimes contra o policial militar Atos Antonio Valeriano e, ainda, por crimes de cárcere privado contra Eloá, Nayara e os adolescentes e colegas de Eloá Victor Lopes de Campos e Iago Vilera de Oliveira, e também contra Ronikson Pimentel dos Santos, irmão de Eloá.
No final do julgamento, que está previsto para acontecer ainda nesta quarta-feira, a juíza vai estipular a sentença do réu caso ele seja condenado pelos jurados.
Depoimentos
Nesta terça-feira, nove pessoas foram ouvidas no plenário. Os primeiros a  prestar depoimento foram o irmão mais velho de Eloá, Ronikson Pimentel dos Santos, e o advogado Marco Antonio Cabello. Na sequência Ana Cristina Pimentel, mãe de Eloá, seria ouvida, mas a defesa a dispensou.
Depois, o irmão mais novo de Eloá, Everton Douglas, de 17 anos, deu seu testemunho. Entre outras coisas, ele disse que sente “muita pena” do acusado por considerá-lo um monstro.
Após um intervalo para almoço, foram ouvidos os jornalistas Rodrigo Hidalgo e Marcio Campos; os peritos Dairsse Aparecida e Helio Rodrigues; o delegado Sérgio Luitzza e o policial do Gate Adriano Geovanini.
Entenda o caso
Nayara e Eloá estudavam, no dia 13 de outubro de 2008, junto com dois amigos no apartamento de Eloá, em Santo André, quando Lindemberg, armado, invadiu o local. Inconformado com o fim do namoro com Eloá, ele fez os quatro reféns, mas liberou os dois jovens cerca de dez horas depois.
Nayara permaneceu no cárcere ao lado da amiga até ser liberada cerca de 24 horas depois, por volta das 23h de terça-feira, 14 de outubro de 2008. Durante uma ação estratégica da polícia, ela voltou ao cárcere na quinta-feira (16), num  momento bastante contestado e criticado do sequestro.
Na sexta, após cem horas, a polícia invadiu o apartamento. Eloá e Nayara foram baleadas. A ex-namorada de Lindemberg morreu no hospital e sua amiga, apesar de ter sido baleada no rosto, não correu risco de morrer. Ela passou por diversas cirurgias corretivas na face e ainda continua o tratamento três anos depois.
Assista ao vídeo:





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