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terça-feira, 14 de fevereiro de 2012

“Ele é um monstro, louco e agressivo”, diz irmão de Eloá


juri-segundo-dia-hgDaia Oliver/R7
Veja fotos do 2º dia do julgamento
Segundo dia do júri começou por volta das 9h20 desta terça-feira (14)

Ronikson Pimentel foi o primeiro a depor neste segundo dia do julgamento



O irmão mais velho de Eloá Cristina Pimentel, Ronikson Pimentel dos Santos, falou por pouco mais de uma hora no que foi o primeiro depoimento deste segundo dia de julgamento do caso Eloá, no Fórum de Santo André, no ABC, paulista. Demonstrando bastante emoção em vários momentos, Ronikson classificou Lindemberg Alves de “monstro” e disse que toda a família se sentiu traída por ele.

Veja em vídeos a cobertura do 2º dia 
- Ele é um monstro, louco e agressivo.

Veja fotos do 2º dia do júri
O irmão afirmou que sempre foi contra o relacionamento de Lindemberg e Eloá - por ele ser bem mais velho que a adolescente (a diferença de idade entre eles era de seis anos) -, mas disse que acabou aceitando o namoro porque ela gostava do réu. Segundo o rapaz, a atitude de Lindemberg, além de um crime, foi uma traição a toda sua família porque seus pais gostavam muito dele e o acusado se dizia amigo.

- Minha mãe gostava de Lindemberg como se fosse filho [...] Mudou totalmente a nossa vida, Ficou um vazio na família. Apesar de tudo, estamos reconstruindo. A ferida não sara.

Ainda de acordo com o irmão de Eloá, o relacionamento entre ela e Lindemberg era bastante conturbado, com sua irmã sempre “chorando pelos cantos” por causa de brigas, e o temperamento do ex-amigo sempre foi raivoso.

- Ele sempre arrumava confusão nos jogos de futebol. Não tinha uma partida de futebol que ele não arrumava briga. Ele era brigão.

O que você lembra do caso Eloá?
Outro momento em que Ronikson se emocionou bastante foi quando a acusação falou sobre a autorização dada pela mãe para a doação dos órgãos de Eloá após sua morte. Em vários momentos do depoimento do ex-amigo, Lindemberg chacoalhou a cabeça em sinal de negativa.

O irmão mais velho de Eloá foi interrogado pela promotoria das 9h20 às 10h15 desta terça-feira, e pela defesa, das 10h15 até as 10h25. Por volta das 10h30, começou o depoimento do advogado Marco Antonio Cabello, que participou das negociações durante o cárcere das adolescentes em 2008. O depoimento da primeira testemunha de defesa durou cerca de 20 minutos.

Antes do início deste segundo dia de julgamento, a advogada de Lindemberg, Ana Lucia Assad, informou que aordem dos depoimentos será definida por ela.

Chegada ao fórum Lindemberg Alves chegou ao Fórum de Santo André por volta das 8h30. Ele deixou o CDP (Centro de Detenção Provisória) de Pinheiros, na zona oeste de São Paulo, por volta das 8h. Também nesta terça, o esquema de segurança formado pela Polícia Militar no entorno do Fórum de Santo André foi montado mais cedo. Por volta das 6h, os acessos ao fórum já estavam bloqueados e carros da PM circulavam pela região. No primeiro dia do júri, a segurança começou a ser montada mais tarde, quando curiosos e jornalistas já se concentravam em frente ao fórum.
Primeiro dia do júriNa segunda-feira (13), quatro pessoas listadas pela acusação foram ouvidas, desde a adolescente Nayara Rodrigues, que passou grande parte do sequestro ao lado da amiga Eloá, até o sargento Atos Valeriano, que conduziu o início das negociações com Lindemberg. Além deles, prestaram depoimento dois jovens que também estavam no apartamento quando o réu invadiu o local armado.

Durante seu depoimento na segunda, Nayara afirmou que Lindemberg sempre teve intenção de matar Eloá. O depoimento começou por volta das 15h e terminou duas horas depois. 

- Ele falou que iria matá-la e sair andando, se Eloá estivesse sozinha no apartamento. 

Segundo Nayara, na época do crime, Lindemberg chegou a contar ao pai de Eloá de sua intenção de matar a adolescente então com 15 anos. 

- Ele falou para o pai [da Eloá] que se ela não fosse dele não seria de ninguém [...] A intenção dele era matá-la, não tinha muito que negociar. Ele era irredutível.

Já o policial Atos Valeriano contou que Lindemberg atirou contra ele “para provar que não era bonzinho”. De acordo com o PM, essa foi a resposta que obteve do réu quando o questionou sobre o disparo. A partir de então, o policial passou a se esconder atrás de uma parede durante toda a negociação no período do cárcere em 2008. Solicitado por Lindemberg para que mostrasse o rosto, o sargento foi alvo de um novo disparo. Valeriano lembrou que essa segunda bala atingiu a parede cerca de 30 cm acima de sua cabeça e que, na ocasião, pôde sentir areia caindo sobre seu cabelo.

Ainda de acordo com Valeriano, Lindemberg alterava dois estados de humor. Em alguns momentos, ele o ofendia e xingava. Em outras horas, conversava. Entretanto, segundo o policial, sua intenção quanto ao desfecho do sequestro foi sempre a mesma.

- Desde o primeiro momento, ele disse que iria matar os quatro reféns e se matar. Após as duas primeiras vítimas serem liberadas, dizia que iria matar as duas [restantes, Eloá e Nayara] e se matar.

Iago de Oliveira, colega de Eloá que também prestou depoimento na segunda, confirmou que o réu ameaçou de morte todos que estavam no apartamento em Santo André na tarde de 13 de outubro de 2008.

- Teve uma hora que ele disse que ninguém sairia vivo de lá. Ele apontava a arma para todos nós. Outra hora ele dizia que mataria Eloá e depois se mataria.

Após o término do primeiro dia de julgamento, Lindemberg foi levado ao CDP (Centro de Detenção Provisória) de Pinheiros, na zona oeste de São Paulo, onde passou a noite. O réu estava preso na penitenciária de Tremembé, cidade a 147 km da capital paulista, desde o fim do cárcere.
Assista ao vídeo:



Fonte: R7

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